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Antes mesmo de se tornar uma das vozes mais importantes do Rock alternativo, Chino Moreno, vocalista do Deftones, já vivia situações dignas de bastidores hollywoodianos.
Em entrevista recente ao Peer Pleasure Podcast (via Metal Sucks), o músico relembrou um episódio tão surreal quanto simbólico: o dia em que Madonna, que é co-fundadora da Maverick Records, presenteou a banda com um poster dela mesma nua para celebrar o contrato com o selo.

Chino conta:
Tenho isso na minha casa, um poster que ela me deu. Um poster dela nua – não sei se aquilo chegou a ser vendido, não é nada vulgar, é meio que um retrato artístico que ela assinou para mim, e eu valorizo demais aquilo. […] Eu era só um garoto que amava Madonna, Michael Jackson, Prince. Isso é uma coisa muito icónica, então não pense nem por um segundo que eu não pirei quando comecei a andar com ela. Eu surtei completamente.

Os Deftones lançaram os primeiros  cinco álbuns pela Maverick, gravadora fundada por Madonna nos anos 1990 como um selo alternativo com apelo artístico e liberdade criativa. O presente, por mais inusitado que pareça, foi uma espécie de bênção informal que marcou o início dessa parceria.

Deftones
Além da história com a Rainha da Pop, Chino também abriu o coração sobre os desafios enfrentados nos primórdios da carreira da banda em Sacramento. Apesar do sucesso local, ele relatou que sofreu resistência e até violência por parte da cena Hardcore da cidade, especialmente por não se encaixar no perfil dos chamados “straight edge kids”.

Houve um período da minha vida em que eu me envolvia em confusões com frequência. Era antes de estarmos numa gravadora, mas já éramos conhecidos na cidade, nossos shows lotavam. Isso gerava uma certa inveja nalguns grupos locais. A gente não era do Hardcore, a gente era a gente – sempre fomos assim. E isso incomodava.

Embora não se considere vítima de bullying tradicional, Chino admitiu que parte da frustração sentida naquela época acabou refletida em letras do primeiro disco da banda, como em “Seven Words”. No entanto, ele também falou sobre a maturidade conquistada ao longo dos anos e como seu processo criativo hoje se guia mais pela conexão emocional com a música do que por reações a críticas ou conflitos.

“Hoje em dia, tudo parte do som. As notas me guiam. Não fico pensando ‘o que vou dizer?’. Eu só escrevo. Depois olho pra trás e percebo o que estava sentindo ali”, disse.

Vale lembrar que Private Music, novo disco do Deftones, chega ainda este mês.