Bem vindo(a)!

O MERCADO SONORO é uma plataforma gratuita de PROCURA & OFERTA de músicos... e não só.
Está no caminho certo para concretizar o seu projecto.
Boa sorte!

FECHAR
ABRIR
Rick Rubin contribuiu bastante para tornar os Slayer o ícone que são hoje, mas o relacionamento da banda com o produtor — criticado também por nomes como Slipknot e Black Sabbath — deteriorou-se com o tempo. É o que diz o guitarrista Kerry King.

No podcast Lipps Service (via Ultimate Guitar), King falou sobre como Rubin se tornou mais distante a cada álbum dos Slayer. O lendário profissional de estúdio foi o responsável por comandar as gravações de “Reign in Blood” (1986), disco que colocou a banda no topo, e assinou quase todos os sucessores: cinco na produção geral e cinco na função executiva.

Kerry afirmou: “No começo, Rick era legal, porque ele estava bem inserido na coisa. E então, a cada disco, ele ficava mais e mais desligado. Ele tinha pessoas abaixo dele, como seu amigo número um na gravadora… Rick só vinha e dizia algo – e eu e Jeff (Hanneman, guitarrista falecido em 2013) somos uns teimosos desgraçados. Então, ele vinha e sugeria algo, e nós dizíamos ‘não’ veementemente. Aí ele falava: ‘sim, a carreira é de vocês’. E só foi ficando pior. Na época em que ‘Seasons in the Abyss’ (1990) saiu, ele era como um fantasma.”

Veja abaixo a lista de álbuns dos Slayer com créditos a Rick Rubin:

“Reign in Blood” (1986);
“South of Heaven” (1988);
“Seasons in the Abyss” (1990);
“Decade of Aggression” (1991);
“Divine Intervention” (1994) – produtor executivo;
“Undisputted Attitude” (1996) – produtor executivo;
“Diabolus in Musica” (1998);
“God Hates Us All” (2001) – produtor executivo;
“Christ Illusion” (2006) – produtor executivo;
“World Painted Blood” (2009) – produtor executivo.

Kerry King e os Beastie Boys
Apesar de ser conhecido no meio do rock e do metal, Rick Rubin também produziu muitos álbuns de hip hop e os lançou através do selo Def Jam Records. Na mesma época em que os Slayer trabalhavam em “Reign in Blood”, o produtor fazia “License to Ill”, disco de estreia dos Beastie Boys, e arranjou para que Kerry King fizesse um solo em duas músicas: “Fight for Your Right” e “No Sleep Till Brooklyn”. O guitarrista relembrou a história:

“Acho que ele pediu a Jeff para fazer o solo primeiro. E isso não é uma coisa que Jeff faria. Não é o que aquele cara era. Então ele falou comigo, acho que me pagou 200 dólares. Fui lá e ouvi a música, e é basicamente uma paródia de metal em geral. Não fui lá com a mentalidade de fazer um solo incrível. Só fui e fiz um solo que soa como se eu estivesse parodiando a mim mesmo e todo mundo.”

King acabou admitindo que não aceitou o “freela” apenas pelos 200 dólares. Assim como em sua passagem relâmpago pelos Megadeth, o músico afirmou ter pensado que a participação ajudaria a divulgar os Slayer. Ele disse: “Me senti meio como quando toquei com os Megadeth: se alguém me visse nos Megadeth, iria pensar nos Slayer. E eu pensei: ‘se alguém me vir nos Beastie Boys, se eles tiverem um clipe – e eles vão ter um antes dos Slayer – isso será bom para os Slayer’. Por isso eu fazia coisas como essa.”