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Neil Young continua em confronto com as plataformas de streaming. Após deixar temporariamente o Spotify em 2022 sob a justificativa de falta de políticas contra a desinformação, o cantor resolveu agora retirar a discografia do Amazon Music.

Em texto publicado no site oficial na última quarta-feira (8), o artista revelou a decisão. Segundo o próprio, a ideia é que o público pare de apoiar “grandes corporações” americanas — o que incluiu ainda o Facebook e a empresa Whole Foods Market — e opte pelo comércio local. 

Diz o texto:

A hora chegou: esqueçam a Amazon. Em breve, a minha música deixará de estar disponível lá. É fácil comprar localmente, por isso apoiem a vossa comunidade — vão à loja do vosso bairro. Não voltem às grandes corporações que venderam os Estados Unidos. Todos nós temos de abdicar de algo para salvar o país da era do controlo corporativo que se aproxima. Eles precisam que comprem — por isso, não comprem. Foram eles que prejudicaram o nosso governo, o nosso rendimento, a nossa segurança e a saúde das nossas famílias. É hora de recuperar os Estados Unidos. Juntos, devemos deixar de comprar às grandes corporações e apoiar o comércio local. Façam o que está certo. Mostrem quem são.

Ainda não há previsão para a remoção. Até ao momento, o catálogo de Young está disponível na Amazon Music. 

Em entrevista à AXS TV em junho, o músico já havia criticado o papel das grandes corporações nos Estados Unidos. Sem mencionar nomes, declarou ao abordar o tópico:

Há algumas excelentes corporações e alguns excelentes líderes empresariais, mas a grande maioria controla a política. São essas corporações que controlam o governo e financiam as campanhas de todos. São os seus advogados que redigem as leis, que depois são entregues aos legisladores — os quais, talvez, alterem uma ou outra palavra, mas acabam por as aprovar praticamente como estão, pois foram eleitos com o dinheiro dessas mesmas corporações. E isto repete-se continuamente, dentro do nosso governo. No fundo, a democracia transformou-se numa verdadeira “corporocracia”.

Neil Young e a batalha contra o Spotify
Em janeiro de 2022, Neil Young exigiu que o Spotify retirasse a sua música, sob o pretexto de que a plataforma dava espaço para negacionistas disseminarem fake news sobre a pandemia. A declaração citava o podcast do comediante e ator Joe Rogan, justamente conhecido pelo comportamento antivacina.

No mesmo mês, decidiu remover seu catálogo musical do streaming. À época, em apoio ao músico, artistas como Crosby, Stills, Nash & Young, Joni Mitchell e Nils Lofgren, entre outros, tiveram a mesma atitude.

Não demorou para que a plataforma anunciasse um plano para combater a desinformação em podcasts e, em seguida, excluísse 70 episódios do programa conduzido por Rogan, o The Joe Rogan Experience.

Então, em março do ano passado, Neil resolveu colocar suas músicas no serviço novamente. No entanto, deixou claro que ainda possui uma série de ressalvas. 

A minha decisão foi tomada no momento em que outros serviços de música — Apple, Amazon, Qobuz, Tidal — todos com áudio de melhor qualidade, começaram a divulgar o mesmo podcast de desinformação ao qual me opus no Spotify. Como não posso abandonar todos esses serviços, pois a minha música deixaria de estar disponível para os fãs, decidi regressar.