Brian Molko (Placebo) é oficialmente acusado após chamar primeira-ministra italiana de racista

Brian Molko, líder do Placebo, vai responder judicialmente após ofender a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Em Julho de 2023, o grupo apresentou-se no festival Stupinigi, realizado desde 2019 no Palácio de Stupinigi, um dos locais mais icónicos de Turim, na Itália. Por lá, o vocalista manifestou-se durante o show contra a política.

Na ocasião, o polémico cantor chamou a premiê ultra-direitista de “racista” e “fascista”, e ainda mandou um “foda-se” no final do discurso. Para não deixar o acto passar impune, promotores que defendem Meloni abriram uma investigação acusando Molko de difamação.

Entre as acusações que o vocalista foi enquadrado, segundo a NME, está a de “desacato às instituições”, delito que acarreta uma multa entre €1.000 e €5.000. O veículo diz também que “o crime em questão está sujeito a intimação directa para julgamento”.

Vale lembrar que o código penal da Itália pune qualquer um que “difame publicamente a república”, o que inclui o governo, o parlamento, os tribunais e o exército.

Giorgia Meloni é a líder do partido neofascista Brothers of Italy, que está à frente do governo mais direitista da Itália desde Benito Mussolini, durante a Segunda Guerra Mundial.

Para traçar um perfil mais claro de sua persona política, é preciso dizer que ela venceu a eleição de 2022 enquanto concorria com políticas anti-imigração, bem como planos para limitar os direitos LGBTQ+.