Blackstar TV-10 B – Características Principais
- Combo a válvulas de 10 watts
- Altifalante Celestion Seventy 80 de 12"
- 1x ECC83 (pré-amplificador), 1x EL34 (amplificador de potência)
- Reverb digital
- Função boost comutável
- Loop de efeitos
- Saída emulada com simulação de altifalante
Primeira Verificação: Como Soa Este Amplificador?
Este pequeno combo impressiona visualmente. Até aqui, tudo bem. Mas como soa realmente? A descrição promete um som vintage britânico tradicional. O design e a escolha de componentes confirmam isso. Peguei na minha Stratocaster e fui testar.
Primeira impressão: Uau, é alto! Com o ganho às 12 horas e o master por volta das 10, o altifalante já debitava bastante volume. Não foi fácil encontrar uma definição de volume confortável para o meu espaço. O master é muito sensível mesmo nos ajustes mínimos. Quando completamente à esquerda, o limite já é atingido entre as 8 e as 9 horas — ideal para não incomodar o vizinho. Este é um problema comum nos amplificadores totalmente a válvulas. Há muita intensidade entre as 9 e as 10 horas. E o mesmo se aplica ao controlo de tonalidade — mas falaremos disso mais adiante.
O amplificador cumpre definitivamente a promessa do som britânico. Crunch com atitude e boa dinâmica, ou seja, resposta sensível ao ataque das cordas e ao controlo de volume na guitarra, funcionam perfeitamente. De limpo a ganho médio, tem tudo. Mas este amplificador não é um monstro de high-gain. O pedal incluído permite ativar um boost não ajustável. O reverb digital embutido soa muito bem — é perfeitamente ajustável e não produz ecos artificiais ou desagradáveis. Muito bem conseguido!
Flexibilidade Tonal?
O Blackstar TV-10 B é claramente um "one-trick pony". Não oferece muita flexibilidade. Faz o seu trabalho muito bem, mas tem sempre uma atitude rebelde e atrevida que se impõe no som. Tons cristalinos e suaves não são o seu ponto forte.
E isso leva-nos ao controlo de tonalidade. Não consigo imaginar alguém a usá-lo para lá das 12 horas. Ninguém precisa de tantos agudos. O altifalante Celestion incorporado tende a exagerar nos agudos. Talvez se acomode com o tempo, quem sabe. Pessoalmente, tive dificuldades com esse excesso nos médios-agudos. Também tive sentimentos mistos ao usá-lo com vários pedais de distorção. Teria preferido um controlo de presença.
O Amplificador no Contexto de Banda
Como se porta este pequeno numa ensaio de banda? Vamos a isso! Estamos a falar de uma banda rock de média dimensão com duas guitarras, baixo, teclas e bateria. Seriam suficientes os 10 watts de potência a válvulas? Resumidamente: não!
Durante o ensaio, tive um som agradavelmente definido para todas as partes rítmicas. Graças ao altifalante de 12", o combo não soou demasiado magro para o seu tamanho e teve uma boa prestação. Infelizmente, quando quis destacar-me em uma ou outra parte a solo, não foi possível. Faltou margem de volume. Acima de certo ponto, o amplificador simplesmente distorce e o som quebra. A partir das 12 horas, praticamente não há progressão. Eu e os meus colegas de banda achámos isso uma pena.
Em palcos pequenos, com volumes moderados ou em conjuntos mais calmos, o Blackstar TV-10 B não terá qualquer problema e deixará todos satisfeitos.
Ligações e Conclusão
O painel traseiro oferece várias ligações para altifalantes externos, loop de efeitos em série e uma útil saída emulada. Esta última pode ser usada como saída de auscultadores ou para ligação a uma interface de áudio ou mesa de mistura. Assim, a impressão geral é algo contraditória: difícil de domar em casa, mas com limitações em situações ao vivo. Para ser justo, as especificações técnicas não prometem mais do que isso. No entanto, recomendaria o Blackstar TV-10 B como um amplificador de prática com estilo e para atuações ao vivo moderadas. O preço de $635,00 / £579,00 / 666,00€ (ou um pouco menos na versão A) é, portanto, razoável.
Para guitarristas que preferem um som mais americano, o Blackstar TV-10 A poderá ser uma alternativa interessante.
